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Surubim Pirajuensis

 

Percorrendo nossas corredeiras há 15 milhões de anos, o surubim já consta da lista de animais ameaçados de extinção, ao mesmo tempo em que foi catalogado pela ciência, conforme laudo expedido pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 27 de junho de 2002.O Museu Nacional acumula registros de ocorrências de peixes brasileiros há mais de um século e, segundo o professor-doutor Paulo Buckup, o surubim está catalogado como MNRJ 22742, e isto evidencia a raridade da sua espécie. 

 

O professor afirma, ainda, que Piraju é a única localidade do rio Paranapanema em que esta espécie ocorre. E prossegue: (...) se esse trecho do rio for barrado, o peixe simplesmente será extinto no Paranapanema. Como todas as espécies do gênero, este peixe depende da existência de corredeiras sobre fundo de pedras para sobreviver, de modo que o barramento dos rios causa a sua eliminação, assim como de várias outras espécies de peixes que dependem da existência de corredeiras (...).

*Percorrendo nossas corredeiras há 15 milhões de anos, o surubim já consta da lista de animais ameaçados de extinção, ao mesmo tempo em que foi catalogado pela ciência, conforme laudo expedido pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 27 de junho de 2002.

O Museu Nacional acumula registros de ocorrências de peixes brasileiros há mais de um século e, segundo o professor Paulo Buckup, o surubim está catalogado como MNRJ 22742, e isto evidencia a raridade da sua espécie. O professor afirma ainda, que Piraju é a única localidade do rio Paranapanema em que esta espécie ocorre. Ele diz: “(...) se esse trecho do rio for barrado, o peixe simplesmente será extinto no Paranapanema. Como todas as espécies do gênero, este peixe depende da existência de corredeiras sobre fundo de pedras para sobreviver, de modo que o barramento dos rios causa a sua eliminação, assim como de várias outras espécies de peixes que dependem da existência de corredeiras (...)

O surubim pirajuense é “muito importante” para a ciência. Pertence à família Pimelodidae, ao gênero Steindachneridion, e foi identificado como representante da espécie Steindachneridion scriptum, cuja identificação é de caráter provisório, pois trata-se de material muito raro em coleções ictiológicas, espécie ainda desconhecida para a ciência. Ele possui a cabeça achatada, como o fundo do rio, nivelado, estreitado. O exemplar foi examinado em 2002 pelo professor Alberto Akama, mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.

No momento, o que esses estudiosos sugerem é a adoção de medidas que visem à conservação deste trecho de corredeira do rio. Se não for possível essa preservação, se o barramento acontecer, ocorrerá a extinção de um espécime de excepcional valor biológico, antes mesmo de ser completamente descrito pela ciência. (BUCKUP, 2002).

*(colaboração de: Maria Luísa Simões)

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